CONSTELAÇÃO FAMILIAR

A Constelação Familiar é uma técnica terapêutica breve desenvolvida pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger no final dos anos 70. 

A Constelação Familiar proporciona ao cliente ver imagens que curam. Investiga onde o cliente está emaranhado em sua ancestralidade e promove a reconciliação entre as almas no seu sistema familiar para que o amor, a saúde e a prosperidade voltem a fluir em sua vida.


Próximos Workshops Sociais
Venha participar como cliente ou como apoiador.

Data...: 05/11/14 (4ª-feira).
Horário: Das 18:00 às 22:00 hs.
Local..: Largo do Machado, 29 - Cobertura - Sala J          
Valor..: R$ 100,00 para constelar. Para participar é grátis. 






ARTIGOS

Saúde - Uma visão Sistêmica

A doença é encarada como uma inimiga mortal e quando ela aparece sentimos logo temor e desconforto. Mas ouvimos o nosso corpo? Ouvimos a doença que criamos com as nossas emoções, pensamentos e atitudes? Ouvimos a nossa alma?

Ficamos tão focados na dor e no sofrimento que esquecemos de perguntar o que é necessário aprender e o que é necessário transformar em nós.

A doença é uma desordem dentro de um sistema vivo - o corpo/mente/espirito. A doença tem uma força poderosa, pois mostra onde está a desequilíbrio, 'como' organizar o sistema e como transformar a desordem em paz e harmonia.

Mas e a cura? Ou eu deveria perguntar pela solução?
Ah! a solução é fazer o caminho de volta à origem.
Mas que origem?
Ora, a origem da vida, a origem do colo da mãe, da proteção do pai e da benção dos avós.

A solução (cura) é tomá-los examente como eles foram e respeitá-los exatamente como eles são. Isso mesmo, passado e presente se misturam quando falamos de alma, pois a alma é eterna e atemporal.

Ficamos doentes de fora para dentro, ou seja, adoecemos os corpos (ou camadas) energéticos e sutis, para depois adoecermos o corpo físico (ou material), que é o último estágio onde a doença se instala. Sabemos que ir ao médico, fazer os exames e tomar os remédios (halopáticos ou homeopáticos) é o processo mais fácil de recuperar a saúde. A parte difícil se encontra em assumir a RESPONSABILIDADE sobre as escolhas que fazemos ao longo da vida. E na insistência em permanecermos infantis.

Gastamos tanta energia em nos defender do desamor que esquecemos de aceitar o amor que recebemos da nossa familia. Gastamos muita energia em culpar os nossos pais pelas imperfeições deles, que esquecemos de olhar para nós mesmos e descobrir que somos arrogantes e teimosos. É aqui que começam as doenças e é para aqui que devemos focar o nosso olhar. Não podemos mudar os fatos ou os acontecimentos que marcaram a nossa vida, mas podemos mudar o nosso olhar, podemos ampliar a nossa visão através da luz do entendimento.

Deixar de olhar para o próprio umbigo e compreender que fazemos parte de uma corrente inteira e que somos, apenas, um elo dessa corrente. Ampliar o olhar é muito salutar e uma forma de encontrar a solução que afeta a nossa saúde. O que falta para eu recuperar a minha sáude? Quem falta em meu sistema familiar? O que eu não fiz para manter a minha sáude? Quem eu excluí, mesmo inconscientemente, na minha família?

A medicina convencional acredita que a doença é gerada por má alimentação (muita gordura, grande ingestão de açucar e pouca verdura e frutas), excesso de tabaco, alcool ou drogas, por pouco descanso e noites mal dormidas com baladas, insonia ou stress, além de pouca ou nenhuma atividade física. Enfim, a medicina convencional visa o bem estar físico, através de exames laboratoriais e remédios.

A terapia holística (holos em grego significa total ou integral) acredita que a doença é gerada pelas emoções não sentidas e não expressas, o não contato com as próprias emoções e tenta derrubar as crenças limitantes e o comportamento gerador das doenças. A terapia holística visa a qualidade de vida do indivíduo através de uma alimentação mais saudável (com ingestão de frutas, verduras e muita água), movimentação do corpo através da prática do yoga, da dança, caminhadas ao ar livre e contato consigo mesmo para manter as emoções em equilíbrio.

A Constelação Familiar acredita que a doença é gerada por escolhas inconscientes (inconsciente leia-se alma), de suicídios e acidentes em substituição de alguém do sistema familiar que foi excluído (ou rejeitado ou desprezado ou esquecido). A volta deste integrante ao sistema familiar já produz um efeito curativo, embora outros fatores também causem doenças, como:
01) A crença de que "Eu sigo você" - quero morrer por amor e por lealdade a você, quando um pai/mãe/conjuge morre.
02) A crença de que "Melhor eu do que você" - quando um filho quer morrer no lugar de um dos pais, que também quer seguir quem já morreu.
03) A crença da expiação - sou tão culpado que devo sofrer ou não mereço viver.

Pela visão sistêmica, o processo de cura se inicia quando aquela pessoa, que foi excluída, é lembrada e volta a ser reconhecida com um integrante (e pertencente) da família. Assim que essa pessoa volta a ocupar o seu lugar, a harmonia se restaura em todos e a doença, enfim, pode começar a se retirar, pois perde a sua função.

Na qualidade de terapeuta holística acredito cegamente na eficácia do Reiki, da acupuntura, shiatsu, cura prânica, na Constelação Familiar e em tantas outras técnicas de cura, que favorecem o encontro consigo mesmo e o contato com a alma.

Como mestra de Reiki e Consteladora Familiar sei que é possível acessar a energia curativa de cada um e é na auto-regulação que eu foco o meu trabalho, através da questão que o cliente traz para a terapia.

Gosto de trabalhar com visualizações positivas, além de frases ou mantras de efeito. Neste sentido a constelação Familiar se encaixa perfeitamente, pois aprensenta a solução para restaurar a saúde através do equilíbrio interno e da recuperação dos excluídos do nosso sistema. Desta forma é possível desatar os nós que nos prendem a ancestralidade e nos sentimos livres para viver plenamente o nosso próprio destino, gozando de muita saúde.




O efeito da música na Constelação Familiar
Você já participou de uma Constelação Familiar em que havia música?
Como você se sentiu? Chorou de emoção? ou só se arrepiou?
De qualquer maneira, foi mais forte, né?
A música sempre produz um efeito (benéfico) no ser humano, inclusive há a formação acadêmica em musicoterapia. A biodanza trabalha com música na prática terapêutica, a capoeira é uma luta cantada pelo ex-escravos africanos, a umbanda utiliza a música para manter a concentração dos fiéis, os budistas entoam os mantras para manter a paz e a harmonia, os evangélicos cantam para louvar a Deus. E é impressionante ver um maestro regendo uma orquestra, pois parece que ele fica completamente tomado pela inspiração das notas musicais. Particularmente adoro o som do piano e do violino.
Algumas músicas tem o poder de 'acessar' e de 'soltar' a emoção num set terapêutico, principalmente a emoção da raiva contida, que acaba se dissolvendo através das lágrimas, seja num choro silencioso ou num choro bem aberto.
Há músicas com o poder de acalmar alguma dor muito grande, como as canções suaves ou as canções de ninar. Sempre nos 'derretemos' ao ouví-las.
Outras músicas conseguem fortalecer as emoções, no caso da Ave Maria (não importa quem a tenha gravado) e das músicas que utilizam um grande coro ao fundo. Parece que não estamos sozinhos e que há uma grande equipe nos ajudando.
Também existem as músicas que dão força e coragem, que estimulam a criação, a montagem de um projeto ou abertura de caminhos ou incentivam a prosperidade financeira. Dá vontade de ir em frente e alcançar o mundo, afinal o 'céu é o limite'.
E as músicas românticas? Essas são propícias e fundamentais para um relacionamento afetivo ou para a reconciliação de um casal. Quem não se lembra do filme ( e da música) love story e em algum lugar do passado? São inesquecíveis e universais.
Já as músicas sacras que variam entre os cantos gregorianos, as músicas evangélicas, mantras ou os pontos de umbanda mexem direto com o lado energético de cada participante em uma constelação e são ótimas para despertar o desenvolvimento espiritual de quem as ouve, pois elevam a vibração, acordam a sensibilidade e o sentido do crescimento interno, além de promover um sentimento de União com todos e com o UNO.
O uso da música é um recurso fantástico dentro da Constelação Familiar, porém cabe ao terapeuta decidir usar ou não este recurso, embora sempre cause um efeito positivo, pois a alma encontra o espaço necessário para se expressar em liberdade através dos movimentos que os representantes fazem dentro do campo.
A alma é emoção e o corpo é expressão, portanto a música é um excelente recurso para 'mover' a emoção proveniente da alma e facilitam muito o processo de cura. 



Movimento Interrompido - Uma autobiografia 
Este é um artigo autobiográfico, pois quero narrar o meu movimento interrompido, tanto com a minha mãe como com o meu pai.
Nasci em Moçambique/Africa em 68, justo no momento da guerra civil, além do apartheid. No dia do meu nascimento não havia luz na cidade e o meu parto foi feito com luzes na testa do obstetra e da minha tia, que era enfermeira.
Quando minha irmã mais velha nasceu, meu pai, que estava na guerra, ganhou alguns dias de licença para conhecê-la. Nesta licença eu fui gerada, sou filha de resguardo e a diferença entre mim e a minha irmã mais velha é de apenas 10 meses. 
Minha mãe, que até então, era totalmente despreparada para a vida, estava sozinha num país que não era o seu, país este em guerra, junto com o racismo, com uma filha de 10 meses e mais uma a  caminho. Imagina o medo dela! É claro que, nestas condições, minha mãe não pode produzir leite para nenhuma das 3 filhas.
Tive a oportunidade de fazer um renascimento e revivi todo o susto, preocupação e medo da minha mãe. O horror dela era tão grande, ainda mais no escuro, que eu nasci com muita falta de ar e só me acalmei quando a minha tia me pegou no colo.
Quando eu completei 4 anos, a minha avó, matriarca e autoritária, estava com cancer, foi nos visitar e decidiu me trazer para o Brasil. Alegaram que a minha irmã mais velha já estava na escolinha e que a mais nova ainda mamava....pelo menos foi esta a estória que me fizeram acreditar. Vivi uns 3 anos felizes sob os cuidados da minha avó, havia muito carinho e muita disciplina também. Quando olho para a minha infância só consigo me lembrar dos cuidados da minha avó, do colo dos meus tios e das brincadeiras com os meus primos.
Mas a guerra acabou e meus pais retornaram para o Brasil, lógico que eu fui devolvida os meus pais, pessoas estranhas para mim, pois já havia um abismo enormo entre nós, gerado pela minha separação com eles. Acredito que minha mãe, embora cansada, tivesse se esforçado para se aproximar, mas eu preferia os cuidados da minha avó, o colo da minha tia, eu preferia soltar pipa ou andar de skate com os meus primos a ter que brincar de casinha ou de bonecas com as minhas irmãs.
Tempo difícil para todos, eles tendo que se adaptar a nova realidade e eu tendo que aceitar o convívio com eles.
Lembro que o meu tio morreu de câncer e logo depois foi a vez da minha querida avó também morrer de câncer, eu tinha 8 anos... foi um duro golpe. Nunca mais tomei gemada, nunca mais ouvi estórias antes de dormir. Ah! como eu me sentia amada, como eu me sentia querida e cuidada!
Para mim sempre foi fácil reverenciar a minha avó, já me joguei, aos prantos, nos pés de uma representante da minha avó. E, devido ao movimento interrompido, tive muita dificuldade e muita resistência para reverenciar os meus pais, pois havia um abismo intransponível entre nós e, que eu, por pura resistência, insistia em manter.
Meu pai morreu de infarto quando eu tinha 16 anos, não podia ter morrido de outro jeito, ele sempre foi explosivo. Lembro que senti alívio, pois eu não aguentava mais presenciar as suas explosões. Hoje, com a maturidade que só o tempo traz, compreendo que ele foi uma criança internada em colégio interno, participou de uma guerra e caçava bufalos para dar comida a uma tropa faminta. Também lembro que ele tocava piano divinamente e que, do jeito dele, até que era carinhoso.
Já a minha mãe era seca e distante, tão diferente do meu tio e da minha avó, também morreu de cancer há sete anos. Mas e eu? onde eu me encaixo nessa estória toda?
Sempre me senti rejeitada pelos meus pais, mas hoje, começo a compreender que era eu que os rejeitava. Meus pais não estavam a altura dos cuidados da minha avó, nem dos carinhos dos meus tios. As brincadeiras das minhas irmãs não eram divertidas como as brincadeiras dos meus primos. Olhar para o passado com clareza me faz enxergar a minha família sob outro ângulo. Como fui resistente, ou melhor, como fui exigente demais com eles, esperei demais deles, senti raiva demais deles.
A Constelação Familiar, através da imagem mostrada pelos representantes no campo energético que se formou, revelou que eles tentaram, mas eu resisti, por estar completamente identificada com a minha avó. E eu não abria a menor possibilidade para recebê-los em meu coração. 
A Constelação Familiar fez a conexão para eu ocupar o meu devido lugar de pequena, de criança e de.... filha, e não apenas de neta ou sobrinha.
A Constelação Familiar conseguiu, após algumas tentativas fracassadas, que eu me rendesse, enfim, a uma reverência profunda e respeitosa diante dos meus pais e promoveu a minha reconciliação com eles.
A Constelação Familiar trouxe a cura, a ordem e a paz que eu tanto procurei.



Movimento Interrompido 
Há muito tempo atrás eu li um livro onde dizia que a primeira perda que uma criança sofre é a perda da mãe, pois a mãe tem outros afazeres, além de cuidar do bebe, tais como: arrumar a casa, ir no supermercado, preparar a comida, cuidar dos outros filhos e do marido, fazer as unhas, voltar a trabalhar....O bebe, então, se 'sente' abandonado ou preterido e, algumas vezes, gera o movimento interrompido.
O Movimento Interrompido é o "SENTIMENTO" de vazio existente no coração do filho em relação aos pais, em especial a mãe, é quando o desejo de ter os pais se transforma em retraimento perante os pais, uma vez que o filho não teve muito acesso aos pais.
O vazio, muitas das vezes, é sentido como raiva, desespero, frustração e ressentimento, o que impossibilita ao filho de receber ou de tomar a mãe (ou o pai) para si. A Constelação Familiar entende que os pais estão disponíveis para os filhos, pois eles sempre tem algo a dar.
Em alguns casos, a mãe (ou o pai, ou ambos) estão indisponíveis para o filho, seja porque precisa viajar, seja porque precisa cuidar de alguém doente na família, seja por depressão ou problemas psiquiátricos, seja por problemas com o uso de intorpecentes ou de alcoolismo, seja por morte no parto ou por suicidio, seja pela separação dos pais..... O filho 'SENTE" este vazio, pois a mãe (ou o pai) deixa de ocupar um lugar (afastamento emocional) na vida do filho e, consequentemente, no coração.
O movimento interrompido normalmente acontece na infância, mas também pode ocorrer na adolescência ou na fase adulta. Em uma constelação familiar, vi que o filho sempre teve uma excelente relação com a mãe, quando ele estava com 27 anos, a mãe precisou se mudar para outro estado, logo este lugar que era preenchido pela mãe ficou vazio, no coração deste filho, já adulto. Ele só foi reencontrar a mãe no cemitério, na ocasião da sua morte. Neste caso houve um afastamento real da mãe para com o filho.
O movimento interrompido ocorre quando a mãe está diponível para o filho, mas o filho não está disponível para a mãe. Essa é a base de todo o entendimento do movimento interrompido.
Se acontecer da mãe (ou o pai) não estar disponível para o filho, esse movimento não poderá ser curado, pois antes de ocorrer a cura, a mãe (ou o pai) terá que resolver os seus respectivos problemas na ancestralidade, seja por um movimento interrompido, seja por uma identificação, seja por um emaranhamento, onde devido a isto ela (ou o pai) não tem forças para se doar para este filho.
O modo mais simples de restabelecer este fluxo amoroso é pedir ao filho que reverencie a mãe (ou o pai), pois a reverência, por si só é curativa, além de ser uma rendição, e é a aceitação total dos pais, sem julgamento, aceitação, inclusive, da imperfeição do pais.
Na dinâmica terapêutica, pode-se usar algumas músicas que produzem um efeito benéfico na dissolução da raiva, músicas de ninar são apropriadas neste caso, embora o terapeuta possa decidir utilizar ou não utilizar este recurso.
Outro recurso são as frases de ajuda que comovem a alma e auxiliam a soltar a mágoa (ou vazio), desta forma restabelece o vínculo e a solução é apresentada. Exemplo sugerido de frase: "Querida mamãe, foi ruim ficar separado de você, senti muito a sua falta. Agora vou te colocar dentro do meu coração". Assim o filho fica menor e pode tomar a mãe para si outra vez.
O "Sentimento" de vazio ou raiva vai se dissolvendo na Constelação Familiar, pois o objetivo desta técnica terapêutica é promover a reconciliação entre os membros de um sistema e restabelecer o fluxo amoroso entre eles, que por algum motivo e por algum tempo foi interrompido.
Co-autoria de Amanda Carbone


O Campo na Constelação Familiar
Quando se monta uma Constelação Familiar, cria-se instantaneamente um campo sutil de energia e é onde a fenomenologia acontece dentro da dinâmica terapêutica.
Segundo Bárbara Ann Brennan, em seu livro Mãos de Luz, "O campo de energia humana é a manifestação da energia universal intimamente envolvida na vida humana. Pode ser descrito como um corpo luminoso que cerca o corpo físico e o penetra, emite sua radiação característica própria e é habitualmente chamada de aura."  Cada ser humano tem a sua  aura que tanto absorve, como emana energia do seu próprio campo vibracional, essa absorção ou emanação são sentidos através de uma troca energética dentro de um campo eletromagnético maior. Neste campo maior ocorrem as relações intra-pessoal, inter-pessoal e trans-pessoal.
O Todo se chama CAMPO (ou grupo) e dentro do campo há vários campos individuais. O Campo é a interelação mútua, ou seja, são todos os membros em interação. Por exemplo, num atendimento individual, quando um terapeuta está atuando com o seu cliente, há dois campos individuais em interação e esta dupla interação gera um outro campo maior. Logo, Campo é a interação de tudo, de todos os indivíduos envolvidos e as relações como um todo. 
Dentro do campo, numa Constelação Familiar,  há uma troca de 'energia' entre os representantes do cliente, que vão formar uma imagem, através das sensações que sentem. Esta imagem que se revela (fenomenologia) espontaneamente, dentro do campo, nos oferece uma aceitação do Todo, ou seja do sistema a qual pertencemos. Passamos a compreender 'como' estamos interagindo com os outros membros do sistema (família ou clã) e 'como' os outros se sentem em relação a questão apresentada pelo cliente.
Entende-se por energia, a sensação de tristeza, raiva, medo, angústia, dor...que é gerada dentro do campo e que deve ser manifestada, pacificamente, pelos representantes, para a auto-regulação do cliente.
O campo é dinâmico e está sempre se modificando. Portanto, a nossa vivência modifica o campo. As intervenções do constelador ajudam nessa modificação interna. E, apesar da intervenção do constelador, não pode haver interferência por parte de outras pessoas que não sejam os representantes do cliente.
É neste campo que a alma encontra espaço para se expressar livremente sem a interferência da mente que nos oprime incensantemente. E é no campo que a alma indica o lugar que a deixa confortável, ou, se isso não acontece, o constelador oferece a solução onde ela voltará a ocupar o seu lugar, de acordo com a ordem do amor.
Também é dentro do campo onde há a oportunidade de incluirmos as pessosas que foram esquecidas ou excluídas da nossa família.  É onde há a possibilidade de inclusão desses excluídos em nosso coração, por mais resistentes que sejamos e é no campo onde reverenciamos a nossa ancestralidade.
Desta forma a alma passa a cumprir o seu destino sem amarras, sem peso e sem sofrimento.


A Reverência
Pelo dicionário, Reverência significa: 1) o respeito as coisas sagradas; 2) consideração; 3) saudação em que se inclina o busto e dobram os joelhos, mesura.
E o ato de Reverenciar, significa: 1) tratar ou considerar com sentimento de reverência, devotar reverência a; 2) cumprimentar respeitosamente; 3) obeceder a, acatar (algo ou alguém considerado superior).
Logo, concluímos que, fazer uma reverência quer dizer que temos respeito e consideração por alguém que seja maior que nós, ou quando queremos honrar alguém em posição superior a nossa.
Existem formas diferentes de se fazer uma reverência. Podemos fazer um reverência com um leve cumprimento com a cabeça, podemos abaixar o tronco, podemos nos ajoelhar ou até encostar a cabeça no chão perante alguém a qual devotamos o nosso respeito.
Os súditos faziam longas reverência aos seus reis e rainhas, príncipes e princesas, por estarem em posição inferior a monarquia. Ou para demonstrar humildade e lealdade aos seus soberanos. Os fiéis faziam profundas reverências aos sacerdotes pelo respeito a tudo o que é sagrado e/ou por serem tementes a Deus. Nos países orientais, como por exemplo no Japão, ainda se reverencia alguém para demonstrar respeito e igualdade. Alguns índios (ou povos ditos primitivos) cantam e dançam em consideração a seus ancestrais.
O ato de reverenciar alguém é uma forma de dizermos: "Você é maior do que eu" ou "Você chegou primeiro do que eu" ou mesmo "eu te respeito, te considero e honro o teu nome ou tua memória". Por isso, reverenciar os nossos ancestrais é um ato onde nos tornamos pequenos diante deles. E realmente somos bem pequenos diante dos nossos pais, avós e bisavós! Afinal, eles nos geraram e cuidaram de nós. Além do mais eles fizeram o que foi possível fazer, estando ou não estando disponíveis para nós.
Pela nossa 'pequenês', devemos exercitar a reverência para redescobrir a Ordem do Amor. Sim, isso mesmo, existem leis que mantém a ordem do amor, a lei da hierarquia, a lei dos vínculos e a lei que equilibra o fluxo entre o dar e o receber. Pela lei da hierarquia, os mais velhos (que chegaram primeiro), cuidam dos mais novos. E a priori, quem chega primeiro sabe mais de quem chegou depois. Pela lei dos vínculos, os pais acolhem os filhos, os filhos pertencem a família. E pela lei do equilíbrio, os filhos recebem muito, mas depois devem retornar este amor. 
É bom retomar o nosso lugar dentro desta ordem de amor, temos que assumir que somos crianças pequenas perante os nossos pais, avós e bisavós, temos que entender que chegamos bem depois deles. Isso já é o bastante para uma profunda reverência.
Alguns filhos reverenciam os pais com uma facilidade honrosa. Outros filhos apresentam uma certa resistência, mas por fim, conseguem reverenciar os seus pais. Enquanto outros filhos não conseguem se curvar nem 1 cm para fazer a mais singela das reverências. Porque tamanha facilidade, resistência ou dificuldade em reverenciar os pais? Porque nós, filhos, ainda não entendemos e, portanto, não aceitamos o nosso verdadeiro lugar dentro da família de origem a qual pertencemos. A Constelação Familiar foi desenvolvida para nos auxiliar a encontrar o nosso verdadeiro lugar, o lugar de filho, de pequeno, pois os filhos não devem querer assumir o destino dos pais, pois assim, tornam-se grandes, como os pais.
Na qualidade de quem chegou bem depois, eu faço uma alegre reverência a Bert Hellinger.